Wednesday, July 15, 2015

As eleições

Cautela aos incautos: 

Antes de ler este blog certifique-se que está totalmente consciente da prepotente estupidez crónica do autor. A amnistia internacional desaconselha o uso de qualquer tipo de bom senso. Nenhuma parte deste texto deve ser tomada como válida, e, após aconselhamento jurídico, qualquer semelhança com a realidade deverá ser considerada pura coincidência. O autor já foi adequadamente avisado acerca do facto das suas opiniões não fazerem qualquer sentido e de ser um energúmeno. 


Existem muitas razões para a "actual" crise em Portugal. A principal, e raramente discutida no nosso meio político, é a desmesurada corrupção que temos neste país. Sempre achei piada ao facto de não fazermos absolutamente nada em relação a este enorme sorvedouro de dinheiro, ao mesmo tempo que criticamos o relativamente raquítico 'Estado Social' por ser demasiado gordo.

Mas não é isso que quero aqui discutir. No segundo lugar  da lista de razões para sermos a futura "Grécia da UE" estão a incompetência crónica do PSD e a total diligência do PS.

Já desde pequenito que ouço falar em crise. É um fenómeno que nada tem de novo e começa sempre da mesma forma: a conjectura económica está má e o estado já não tem dinheiro para alimentar devidamente a corrupção (e, numa escala muito menor, o estado social). Entra em acção o PSD, esse grandioso arauto da responsabilidade fiscal e do combate ao défice! O PSD já anda a combater o défice desde que me lembro de ser gente. Era de esperar que, por esta altura, já fossem craques mas pelos vistos o melhor que conseguem fazer, mesmo depois de todos este anos, é culpar sistematicamente os portugueses e aumentar impostos.  É uma estratégia que, apesar das consequências trágicas para país, se revela bastante vantajosa para o próprio PSD. O aumento dos impostos tem o agradável e imediato efeito de aumentar as receitas do estado e criar a ilusão de que o governo sabe o que faz. Já as medidas que realmente funcionam, por outro lado, demoram tempo a ser implementadas e mais tempo ainda a fazer-se notar. (E, sim, ao contrário do que nos têm dito vezes e vezes sem conta, existem outras medidas possíveis para além de pagar mais taxas e destruir o poder de compra dos cidadãos. Incentivar a criação e crescimento de novas empresas, diminuir a corrupção e os gastos institucionais são só algumas ideias. )

Para o PSD, no entanto, nada disso interessa. O governo esfrega as mãos de contente, dá palmadinhas nas próprias costas e proclama que o país foi salvo e que a crise acabou.

Mas é sol de pouca dura. Mais tarde ou mais cedo, a bolha, causada por uma carga fiscal obscena, rebenta. As empresas vão à falência, as exportações diminuem, o investimento estrangeiro desaparece, o desemprego aumenta, o consumo baixa e com ele as receitas do estado (outra vez). Também nada disto interessa ao PSD, porque, entretanto, já o governo passou para o PS.

As campanhas eleitorais do PS giram sempre à volta do mesmo: os governos do PSD são mauzinhos e não se preocupam realmente com o pobre zé português. Mas se votarem no PS, as coisas vão ser diferentes e a justiça vai ser finalmente feita! Wii ®(nintendo)! Claro, que não é nada disto que realmente se passa! Não só o PS não resolve os verdadeiros problemas do país, como nem se quer se dá ao trabalho de corrigir as asneiras do governo anterior e acaba por fazer, em muitos casos, pior.

E, assim, a história repete-se. O país volta a entrar em crise. O PSD, do alto do seu poleiro de mentiras, acusa o PS de ser o culpado de todos os males do mundo. O PSD é eleito. O PSD faz asneira. A carga fiscal e a corrupção aumentam. A qualidade de vida diminui. O PS é eleito. Os verdadeiros problemas do país são ignorados. E a crise regressa porque o PSD é maliciosamente incompetente e o PS só está contente a fazer de bode expiatório.

No comments:

Post a Comment